"Vou à Bahia porque, se alguém fez o impossível para eu sair do país, foi Dado Galvão. Desde que filmou uma entrevista comigo em Havana, ele tem sido incansável. Mesmo quando me faltava esperança, ele a mantinha" YOANI SÁNCHEZ - FOLHA DE SÃO PAULO

Honduras: os riscos para o exercício do jornalismo

Foto: (O Estadão) Invasão do Canal 36 por forças militares hondurenhas. (2009)

Tegucigalpa, 29 mar. (PL) - Com cinco profissionais de imprensa assassinados só neste mês de março, Honduras se converteu hoje num dos países de maior risco para o exercício do jornalismo.

Os crímes mais recentes ocorreram no fim de semana no departamento de Olancho, onde sicários massacraram José Bayardo Mairena e Víctor Manuel Juárez, minutos depois de concluirem um espaço noticioso na Rádio Súper 10, da localidade de Catacamas.

Em circunstâncias similares, perderam a vida os comunicadores David Meza, de Rádio El Patio, na cidade de Ceiba; Nahum Palacios, diretor de notícias da cadeia de televisão de Aguán; e Joseph Ochoa, do canal 51, de Tegucigalpa.

Ainda que o porta-voz da Secretaria de Segurança, Leonel Sauceda, diga que as investigações estejam bastante avançadas, até o momento ninguém foi detido nem julgado por esses crímes.

Segundo denunciou a Plataforma de Direitos Humanos, trata-se de uma "estratégia de terror, imobilização e perseguição contra opositores ao golpe de Estado".

Muitos dos comunicadores utilizavam seus espaços como tribuna para denunciar a ruptura da ordem institucional de 28 de junho e as violações dos direitos humanos cometidas pelo regime de fato de Roberto Micheletti.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) condenou os recentes ataques e chamou as autoridades a investigar os crimes, capturar os responsáveis e tomar medidas para melhorar a segurança dos jornalistas.

Fonte: Prensa Latina